A TAL DA INCAPACIDADE DE ATRAVESSAR A RUA



De todas as ironias da vida, ela foi tropeçar justamente nas pedras que se fizeram poesia, mas que doíam no largo espectro da incapacidade que Virgínia Woolf relatou tão bem. Ela não só tropeçou, como caiu em quase todos os buracos das ruas por onde passou. Lamentou cada funeral que poderia não ter existido. Resmungou todas as vezes que atravessou a avenida [larga e cheia de dúvidas] para que o outro pudesse acompanhá-la. E enterrou, em literatura mal acabada, cada um que se justificou incapaz de atravessá-la.

Comentários

  1. a tal da incapacidade se instaura na Índia... ali é quase uma missão impossível rsrsrs

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  2. É aquela história: no meio do caminho tinha uma pedra. A arte da vida está em tropeçar, cair e levantar.

    Abraços e sucesso com o blog!

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  3. Adorei. Se eu penso em tropeçar, é certo que aconteça.

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  4. Nada é tão bom quanto tropeçar, nada é tão bom quanto levantar..

    Parabéns e Sucessos!

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  5. Ela só se esqueceu de uma coisa: de não olhar para os dois lados antes de atravessar a rua da vida!!!

    http://duo-postal.blogspot.com

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  6. muito interessante esse post, muito bom

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  7. Nada como tropeçar, cair, esfolar o joelho, levantar, dar aquela balançada pra tirar a poeira e seguir caminhando, de cabeça erguida.

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