DIZEM POR AÍ QUE SE NÃO HÁ COMEÇO, NÃO PRECISA TER FIM
Ela premeditou cada parágrafo. Cada sentença não dita. Cada desculpa esfarrapada. Cada tentativa de começo. Cada delírio de despedida. Também ensaiou alguns discursos. Um quase-manifesto do amor que nunca foi usado. Uma quase-lista de razões disfarçadas de motivos. E tentou olhar nos olhos por mais tempo do que todos os antes, afinal, ele era do tipo intenso. Ele perceberia. Ele perguntaria. Ele olharia nos olhos por mais tempo do que todos os antes. [E ela não entende em que momento o futuro do pretérito tornou-se condição]