MANIFESTO DE URGÊNCIAS
De uma vez por todas, entenda: chega de formalidades. Não precisamos mais delas. Não depois de saber do outro o que não era importante. Não depois de tanta cumplicidade. Não diante das exclamações que vejo em você. Não quando você me induz ao papel de declaração íntima de intenções. Sim: sou [teu] vocativo, e abuso dos apostos que me explicam [des]necessariamente. Sou manifesto com possibilidades de emendas em situações de risco, de pouco texto, larga margem, tipo elegante, corte dourado e vinhetas. Não, não alonguemos [...] Meu manifesto é de urgências. A frase em itálico faz parte do Capítulo XXII, de Memórias Póstumas de Brás Cubas: "Volta ao Rio", de Machado de Assis]