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Mostrando postagens de outubro, 2015

DAQUILO QUE NÃO CONTAMOS

E na maior falta de coragem de ser explícito, ele foi lá, tateando pele e poros até chegar entre as pernas dela. Não se olharam, nem ensaiaram qualquer discurso-gemido, deixaram apenas silêncio e respiração tomarem suas posições enquanto as mãos dele faziam dela impulso, espetáculo, ritmo e satisfação.

DA TUA CALMA

Da tua calmaria quero fazer meu repouso. Para conter a histeria que você confunde com graça. Para a falta de locução tempestiva que você faz adjetiva. Para a gargalhada fora de hora que nos distrai. Para tudo aquilo que às vezes me cansa, ainda que a intensidade seja meu porto quase sempre seguro. Da tua calma quero o que for inteiro, mesmo que ela seja fingida.