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Mostrando postagens de novembro, 2007

COISAS (QUASE) BANAIS SOBRE NÓS DOIS

Eram acordes de Tom Petty numa tarde quase banal. Quase, me entenda bem. E dias quase banais deveriam acontecer com certa freqüência. Dias quase banais têm aquela sensação de sorrisos em “slow motion”. E eu, que sempre achei que sorriso provoca, naquela tarde entendi que pode ser sinal de tensão. E agora entenda tensão como advérbio. É tensão que modifica o verbo, o adjetivo, mas não o substantivo que há nisso tudo. Afinal, alguma coisa tem de ser ela mesma para nos fazer ter pra onde voltar. Mas quem disse que eu quero voltar?! [Definitivamente eu não quero voltar.] Quero dormir essa noite ouvindo Tom Petty. Sorrindo pra você. Quero um fim de noite quase banal. Quase, me entenda bem.

SOMEBODY'S LYIN

Era um roteiro antigo. Uma história quase cansada de acontecer. Mas era minha, minha por direito, minha por opção, piegas como Chris Isaak. Era um roteirozinho no diminutivo mesmo, com pinceladas imaturas de clichês desnecessários. Com traduções erradas e interpretações duvidosas. Não tão sagaz como sua versão original. Mas eu insisto em versões desenhadas, como se pudesse dançar de olhos fechados com Tarantino no meio da sala, sem pretensão de não parecer ridícula. Era um roteiro de intenções adolescentes. Uma história quase minha, se não fosse por você. I know that somebody's lyin. Tudo bem. Tudo bem.

The Ballad of the Sad Café

O texto abaixo é de uma escritora americana dos anos 40/50, chamada Carson McCullers. Esse texto [extraído de " The Ballad of the Sad Café "] eu li pela primeira vez em 1992 e veio à tona sábado, numa conversa sobre o amor, o amado e o amante. O texto não fala do amor perfeito, conclusão: fala do amores que a gente vive de verdade.  "O amor é uma experiência conjunta entre duas pessoas (mas isso não significa que é uma experiência parecida para as duas pessoas envolvidas). Existe o amante e o amado, mas esses dois vêm de países diferentes. (...) O valor e qualidade de qualquer amor é definido só pelo amante. É por isso que muitos de nós preferem amar do que ser amado. Quase todo mundo quer ser o amante. (...) O amado teme e odeia o amante e com a melhor das razões. Pois o amante está sempre tentando desnudar quem se ama. O amante deseja qualquer possibilidade de relação com a pessoa amada., mesmo que essa experiência possa lhe trazer apenas a dor." [