44th
A [minha] fé ecumênica e nem sempre divina do ano passado deu um jeito de abençoar alguns dos meus delírios num improviso que só o jazz sabe fazer com elegância. E fez. Aos trancos. Aos barrancos. Aos berros. Aos sussurros. Num absurdo que nem sei. Num amontoado de emoção que sinto na pele que arrepia até depois que passou, que acabou, que se fez fim pra começar outro improviso ainda mais cheio de propósito e instinto. Acontece que é um tanto difícil assumir compromissos e não falhar mesmo planejando cada acorde, cada passo, cada conversa com afeto e cuidado. É como fazer uma playlist chamada “como destruir a vida em alguns riffs” e colocar aquela música que sempre fez parte da felicidade num lugar que não deveria. Não era para ser. Estraga tudo. Talvez por isso a gente se decepciona tanto com as frágeis promessas das pessoas. A gente acredita, sabe. A gente é fiel quando aquela música que trazia leveza passa a machucar e a muda de lugar. Já as pessoas não. Elas vão te foder enquan...