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Mostrando postagens de fevereiro, 2008

DEVOLVA-ME

Devolva-me. Devolva-me todas as manhãs despretensiosas. Devolva-me todo o imperativo dos meus verbos. Todos os meus sorrisos sem motivos. Todo abraço desperdiçado. Todos os dias antes de ontem. Devolva-me meus carnavais de columbina. Todas as folhas de outros outonos. Todos os refrões que roubei. Todos os lugares que estive. Eu quero ir embora. E quero levar os sentimentos que eu achava conhecer antes de nós.   P.S.: [texto escrito num dia de exercícios literários]