NUNCA FOMOS BEIJA-FLORES
Nunca gostei do sabor da água com açúcar. Nunca gostei da sua precipitação, nem do doce que decanta fazendo a gente tomar uma água esquisita até chegar lá. Você nunca adoçou o que quer que fosse com sabor. Nem palavra, nem toque. Você nunca me fez mais tranquila. Até na calmaria você faz questão de precipitar excessos fazendo deles condições normais de temperatura, pressão e tensão. Você nunca achou solução para nada além da saturação. Nunca fomos beija-flores e talvez isso explique como cansamos antes do fim.