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Mostrando postagens de janeiro, 2022

MAIS UM POUCO DE MUITO

Mais um ano pandêmico. Mais um ano morando numa bolha quentinha, em condições ideais de temperatura e baldinhos de café contrapondo a condições caóticas de pressão emocional e [des]governança política. Ouvindo a versão mais linda do deus Bob Dylan na voz de Gal Costa e Jorge Drexler em repetição porque a versão folk te implorando " Vá, ande, junte tudo que puder levar " é incentivo-abraço-delicadeza.  2021 passou correndo, veloz, atroz. É bom estar viva. É, também, dolorido quando as pessoas deixam de existir e você fica ali, como testemunha. Sempre verbalizei que gostaria de saber quando fosse morrer para poder me despedir da vida do meu jeito e a Ingrid teve essa possibilidade e fez isso com uma delicadeza difícil de ilustrar. Foram seis meses compartilhando seus dias. Suas danças na sala com o irmão e com o pai. A última live no hospital para que todos os seus, em todos os lugares do mundo, pudessem dizer o quanto a amavam e eram amados por ela. Se existe coisa mais bonita