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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

UM AMOR E UM CAFÉ

Não fui à sua formatura. Não ouvimos juntos aquela banda que ninguém mais conhece. Não tivemos nenhum domingo tedioso e deixamos de compartilhar todos os casamentos cafonas das nossas famílias [agora que te conheço, sei que os casamentos cafonas seriam divertidos ao seu lado]. Não estudamos nos mesmos colégios, não tivemos amigos em comum, não assistimos o Clube da Luta juntos [e portanto não discutimos “quem-era-quem-que-deveria-ser-um” e não o provoquei com meus suspiros pelos dois]. Não nos esbarramos em nenhum dos nossos outros dias, embora tenhamos viajado para os mesmos cenários e comprado os mesmos livros. Mas aí, dia desses, com uma quase pressa, tivemos o cuidado de nos perceber. O meu café precisa de canela e você ainda degusta o alcalóide como se não tivesse acostumado com a dilatação dos vasos periféricos. E desde então nos encontramos propositadamente. Um amor e um café [quentes, por favor!] [A frase "um amor e um café quentes, por favor" faz parte das delíci

MIXTAPE " THE NATIONAL" [Da série Planos de Felicidade, convites explícitos e de outros sorrisos]

Eu coleciono vários planos de felicidade. Às vezes, um ou outro, se perde no caminho [problemas de logística!] Outras vezes, eles deixam o conceito de felicidade por uma bobagem qualquer. Mas quase todos os meus planos de felicidade deixam de ser planos e se tornam histórias boas para contar, com direito a fotografias e trilha sonora. Acontece que faz menos de 24 horas que um dos meus planos de felicidade tem data e local. Dia cinco de abril, no Citibank Hall, aqui em Sampa. Faz um tempo que eu coleciono felicidade em formato musical, ao vivo, com direito a  riffs, sorrisos bobos e nó na garganta. E faz 24 horas que eu tento listar todas as pessoas legais que conheço que precisam estar no próximo dia cinco de abril dividindo o mesmo sorriso bobo na fotografia que estará no álbum "Planos bons de Felicidade".  [aos amigos que chegaram até aqui, isso foi um convite | aos ilustres desconhecidos que aqui também chegaram, isso é um "olá, essa sou eu, esse é um plano e o convi

PRESSUPOSTOS SEMÂNTICOS

Ele provoca a minha sintaxe. Falta saber se é de caso pensado. Faz-me ler o que parece óbvio e logo em seguida me provoca atenção, que logo é substituída pela dúvida. Logo eu, que me encantei pelas pausas entre os cafés, pelos detalhes da sua sutil coerência, me fez ficar na dúvida. E fez isso usando a gramática. Justo ela que pensei que dominava. Golpe baixo! E ao mesmo tempo, odiaria saber que tudo não passou de um engano da preposição. Que por distração, quis fazer uso da preposição acidental. Ou então da conjunção comparativa. De uma vez por todas: quero que seja preposição essencial, como estava escrito. E traga logo o vinho.