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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

FIRULAS

Quando te faço literatura retiro tudo aquilo que te faria fim e transbordo. Cometo exageros que você aceita só porque estão na horizontal. Aos pés da cama. De ponta cabeça. Em lisura poética. Eu te julgo incapaz e você sorri só porque acha que é ficção. Sufoco palavra em alguma má educação e você ri porque acha que é graça. Minto figura de linguagem e você acredita que é tudo questão de estética. E resta-me, no decorrer dos parágrafos e na advertência das pontuações, aceitar que continuamos despreparados sobre nós.