CONVENHAMOS: HÁ DIAS QUE NÃO TE QUERO BEM
Há
sentimentos ruins também. Às vezes a minha raiva te destrói em migalhas impossíveis
de juntar e é como se pedacinhos de você não fossem suficientes para deixar tão
mal a parte que me sobra. Há egoísmo também. Por vezes me vi desejando que
dependesse de mim só para [te] ter mais tempo disponível. Há tanta coisa sem
nobreza quando não estou bem que fico pensando se ruindade tem cura. Porque vez
ou outra acho que a vingança é prato fino, tipo francês, com talheres de prata,
que esfrego na sua cara, desejando que lamente tudo que não seja eu. E já que
tirei o dia para admitir coisas, vou logo dizendo antes que eu seja acometida
por algum arrependimento: depois disso tudo rezo para um deus que não existe e
peço perdão. Minha consciência, descabida da delicadeza dos que afirmam não
desejar mal a ninguém, precisa desse tipo de ritual. Nem sempre é fácil admitir,
mas há dias que não te quero bem.
Em algum momento, tds tendemos para o mal, mas poucos admitem isso.
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