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Mostrando postagens de julho, 2016

38th

Sou ritual. Uma imensidão deles que inventei a cada temporada. Um hábito necessário de prolongar o que sinto em cada pegada na areia, a cada quentura do asfalto, a cada tato que me pede calma de uma calma que não tenho. Hoje meu ritual é de busca. Do que eu vou ser quando crescer além do que é agora. Do que eu vou querer além dos quereres que se perdem de mim por descuido ou preguiça. Para o lugar que [me] é família como forma de continuar e ganhar, ainda que haja algum descuido, ainda que sofra de alguma preguiça. Talvez depois disso eu vá morar em algum lugar do velho mundo ou vire uma sulamericana de vivência e presença. Talvez eu case, tenha filhos, ou me aliste para o Médicos Sem Fronteiras e passe uma temporada mergulhada em um caos que [me] precisa. Talvez eu não volte e fique por lá, não para sempre porque para sempre é muito tempo, mas por tempo suficiente para entender que raiz é onde a gente está. Talvez eu volte rápido e peço ao rapaz que desafia o meu bom senso em n

TEM OLHAR QUE NÃO PRECISA DE PRESSA

Daí a gente se apaixona. Não só uma, mas duas, três, diversas vezes. Ama comprido, se desfaz em calafrios, estraga tudo como se fosse a primeira vez com a competência de quem já fez isso antes. Tem corpo que até sobra afeto. Tem lugar que até parece casa. E a gente se acostuma a terminar. Em continuar em outra história. Em partir para não mais voltar. Até que um dia a gente distrai olhar por muito mais tempo e quando se dá conta é importante. E dá vontade de ficar.