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Mostrando postagens de abril, 2015

ESCONDERIJO

Não sou de declarações, mas [te] acumulo amores. Não sou de despir culpas, mas te desejo ao ponto de [me] sentir descoberta. Não sou de fingir que não sinto, mas entro em desespero quando as pontas dos meus dedos tateiam sem alcance a sua maneira de retribuir concupiscência. Não sou meios, mas já me fiz fins jurando inocência na tentativa de recriar caminho até o lugar que te esconde.

SIGNIFICANTE

Ele, que beira lugar temporário, insiste no afeto que desmancha em coisa etérea. Faz da palavra gesto nobre para compensar a falta de tato geográfico. Dispensa prolongamento para não capitular sentimento. Acusa a vida de dolosa e furta-lhe a cor da paisagem para não se dar por vencido. Ele, de algum grisalho escondido no que ainda é juventude, flexiona imagem em terreno [des]acontecido