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Mostrando postagens de outubro, 2014

CONVENHAMOS: HÁ DIAS QUE NÃO TE QUERO BEM

Há sentimentos ruins também. Às vezes a minha raiva te destrói em migalhas impossíveis de juntar e é como se pedacinhos de você não fossem suficientes para deixar tão mal a parte que me sobra. Há egoísmo também. Por vezes me vi desejando que dependesse de mim só para [te] ter mais tempo disponível. Há tanta coisa sem nobreza quando não estou bem que fico pensando se ruindade tem cura. Porque vez ou outra acho que a vingança é prato fino, tipo francês, com talheres de prata, que esfrego na sua cara, desejando que lamente tudo que não seja eu. E já que tirei o dia para admitir coisas, vou logo dizendo antes que eu seja acometida por algum arrependimento: depois disso tudo rezo para um deus que não existe e peço perdão. Minha consciência, descabida da delicadeza dos que afirmam não desejar mal a ninguém, precisa desse tipo de ritual. Nem sempre é fácil admitir, mas há dias que não te quero bem. 

O MEU AMOR É ALGUMA COISA ENTRE O QUE OUÇO E VEJO

O meu amor é alguma coisa como Dave Matthews Band tocando no jardim de casa para a vizinhança toda ouvir, mas que dá vista só para o meu olhar. E de alguma maneira sei que consegue ver. Então não desista. Continue um pouco mais. Pelo menos até a música acabar.