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Mostrando postagens de janeiro, 2014

A LINHA [NADA] TÊNUE ENTRE NICO E WARHOL

Eles já devem estar na décima primeira temporada acumulando intervalos exaustivos de sobras que não os encaixam. Ela, de lacunas verborrágicas, não sabe quando deixou de premeditar os desencontros na tentativa de alguma audiência dramática. Ele, que sofre de insuficiências, não sabe quando começou a dedicar-lhe o amor que poderia ser de qualquer outra. Os outros, que os observam em episódios diminutos, acham graça. Reconhecem-se na pequenez de cada história que, por mais que seja ordinária, sustenta trilha sonora sofisticada.

SER FLEXÍVEL PRA NÃO QUEBRAR

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[Quadro "Aceitação", de Camila Morita] Como é difícil aceitar: que a gente não muda as pessoas, que nossas boas intenções também vão pro inferno, que o mundo pela perspectiva do outro existe [ainda que nada seja de verdade], que ter opinião [ainda que se respeite a opinião do outro] seja sinônimo de conflito. Como foi difícil aceitar 2013, que me testou duramente, me fazendo escolher entre alguns valores e algumas pessoas: escolher o outro seria como ir contra meus valores e escolher a minha vontade me fez, de alguma forma, egoísta aos outros olhos. Como é fácil transbordar felicidade nos pequenos prazeres e em 2013 os fiz ainda mais superlativos: dos jantares temáticos com os melhores amigos do mundo [como é bom ter em casa quem a gente gosta e sabe que gosta da gente] aos amores contingentes [uma espécie de Beauvoir e Algren sem a pretensão de sê-los]. Como foi fácil degustar as cervejas de notas florais , os cafés frutados, os shows do Otto , o show doBlack Sabba