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Mostrando postagens de setembro, 2012

LAMBE-LAMBE

Da ponta dos dedos, o gosto doce de toda emoção estética. Do paladar incompreendido, vaias amargas. Da defesa contra o novo, o sabor metálico que acusa de estrabismo excessivo o olhar periférico. E de 22 em 22, a semana, toda ela, fez-se linha do tempo. Atemporal em medidas e formas [in]exatas.  

FERNANDO & CLARICE

Não sei dizer ao certo em que momento nos perdemos, mas te reencontrar tem sido difícil. Como disse Fernando, tempos atrás, "as palavras estão precipitando a nossa derrota", e você, da maneira mais indelicada possível, insiste em mostrar que viver apenas não basta. A nossa intimidade é tanta, que me escapa. Escapou por uma ligação não atendida tempos atrás. Escapou aos meus olhos em seu discurso travestido de ficção mais recentemente. Não sei se você sabe, mas toda Clarice sofre de alguma urgência, e todo Fernando que se preze deveria saber que toda urgência esbravejada trás um medo de não ter o que é importante por perto. De vez em quando, me pego torcendo para que você não saiba de nada disso. Que tenha de fato, partido, para algum lugar que pudesse rir, ironicamente, das tentativas vazias e tristes de trazê-lo de volta. De vez em quando eu sinto saudade, mas é uma saudade de um lugar longe desse aqui que estamos agora. Tenho experimentado outros cafés. Tenho conhecido