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Mostrando postagens de outubro, 2011

A LITERATURA QUE TE CABE

Se puder, me faça um favor: não desperdice rima, ainda que seja do tipo pobre. Qualquer diálogo tem o direito de silêncio sofisticado. É sinal de respeito. É sinal de que queremos bem às palavras que nos faltam. A literatura que te cabe é confusa. É do tipo que distorce a métrica. É do tipo que provoca o realismo fantástico que há na ausência das suas explicações. Mas ainda assim é literatura, sabe. E só por ela que eu te peço, com a gentileza que não costumo praticar em dias de semana: por favor, não arrisque nenhum verso que caiba no meu. Todo poema tem o direito de ser livre. É sinal de respeito. É sinal de que queremos bem às palavras que nos faz excesso.

SOAD, OZZY E DE OUTROS RIFFS

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 [SOAD - Chácara do Jockey - 01.10.2011] Porque cada riff nos trouxe um novo capítulo. Porque quando demos por conta, já colecionávamos trilha sonora sofisticada ao vivo. Em dias longos, de grandes festivais. Em noites compridas, de tantas notas musicais. Em manhãs de punk rock. Em tardes de três acordes. E registramos todos eles. Todos os sorrisos não contidos. Todos os manifestos não pedidos. Porque os acordes nos justificam. Até quando estão em disritmia. Porque a [nossa] vida é assim. [Há exatos seis meses estávamos na Arena do Anhembi ouvindo de perto o Tio Ozzy. Ontem, na Chácara do Jockey, estávamos ao som de System Of A Down . De lá pra cá, alguns dias inteiros dissonantes, outros tantos em dislexia sentimental, alguns em sincronia perfeita... porque o rock'n'roll é assim!] P.S.: Ainda não sei dizer pq não fiz um post do show do Ozzy em abril desse ano. Mas esse post, ainda que pequeno, vale pela imensa diversão que foram aquelas horas de Sepultura e tio Ozzy debaix