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Mostrando postagens de outubro, 2008

DE TUDO E TAL

"Esta canção nao é mais que mais uma canção. Quem dera fosse uma declaração de amor. Romântica, sem procurar a justa forma. Do que lhe vem de forma assim tão caudalosa. Te amo, te amo, eternamente te amo..." E eu, e você, e tudo que há entre nós, fora de nós, e tudo que há sem nós, tudo, assim, é quase documentário sentimental, passional, visceral, escondido em amor sem justa forma. Chico Buarque - Iolanda

VANGUARDA

Sim, ela sou eu. Quase doce, quase ácida. Quase-tudo-ao-mesmo-tempo. Quase sua, sempre minha. Sou seu pedido de desculpas, sua mão-dupla, seu perímetro em 3X4. Sou quase um retrato-falado. Sou um pouco do que você sabe de mim. Sou quase tudo que ainda não sabe. Sou verbo, sou dona, sou predicado. O adjunto que tudo muda. Sim, às vezes sou teu advérbio. Sim, ela sou eu. Em primeira pessoa. No teu singular, ainda que me confunda no plural. Sou tudo o que opõem. Sou romance pós-moderno. Quase doce, quase ácido. Quase-tudo-ao-mesmo-tempo.

CLÁSSICO

Sim, o Rio de Janeiro continua lindo, continua tendo sorrisos ternos, o carinho dos amigos, o cuidado dos recém-conhecidos, o amor em um de seus tempos e modos. Sim, o Rio de Janeiro continua sendo um lugar para ser conjugado em versões acústicas e maiúsculas. O Rio de Janeiro (e meus motivos) vistos com eufemismos são quase despropósitos. "Você vai encher os vazios com as suas peraltagens. E algumas pessoas vão te amar por seus despropósitos." (Manoel de Barros)