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Mostrando postagens de março, 2006

DE ANALGÉSICOS & OPIOIDES

Pensei em você hoje. Em minhas costas preenchendo os seus braços, amanhecendo como o mais antigo sinal de vida. Pensei em você como lembrança tardia. Como um dia pensei que fosse. Faz algum tempo, eu sei. Não te diria nada disso porque não entenderia. Acharia que era sentimento reprimido... Vocês têm essa mania de achar que estamos sempre nos apegando a alguma coisa e não nos permite a chance do carinho. Um depois. A continuação dos versos. E citam Cazuza só porque não fariam melhor... E não fariam mesmo. Pensei na tua vida. No que tem feito dela. Se ainda entende das mesmas coisas de antes, ou se as esqueceu, assim, como costuma fazer. Pensei em seus olhos tristes. Será que ainda pedem por colo? Será que já sabem o que querem? Os sorrisos já não fazem mais sentido. Analgésicos. Mas eles também já não me são suficientes. Já não me permitem idéias múltiplas de você. São como dardos certeiros. Canções que não fazem mais sentido. Nada é mais comprometedor... Nem o seu gosto. Nem o ó

DOS MEUS MOTIVOS

"... ESCREVO-TE COMO EXERCÍCIO DE ESBOÇOS ANTES DE PINTAR.  VEJO PALAVRAS" [Clarice Lispector] Seja bem-vindo ao De Analgésicos & Opioides. Devore-me com seus olhos e tente entender quando repito que, assim como Clarice, também "vejo palavras". Escrever equações alfabéticas me faz ver e degustar tonalidades de analgésicos e opioides.